o anjo que não tinha asas .~*



para Gilberto Borges Canuto

mais uma vez sentiu sua presença ali, bem ao seu lado. era sempre nessas horas que ele aparecia, como que para salva-la de todo mal que pudesse acontecer. ele estaria ali a qualquer tempo, essa era a promessa, e ela sabia que ele cumpriria com a sua palavra. e, mais uma vez, sentiu sua presença ali, ao seu lado, para protegê-la.

não chegou a conhecê-lo pessoalmente, mas sabia mais sobre ele que qualquer outra pessoa. mais até que alguns que conviveram ao seu lado. buscava a todo instante saber detalhes de sua vida. dos seus gostos, suas manias, as histórias que contava.

tinha fotos, muitas fotos antigas. mas preferia a imagem que sua mente lhe mostrava. na sua imaginação ela sempre estava presente ao seu lado, num abraço forte e aconchegante, diferentemente das fotos, que sempre mostravam um homem sorridente, mas solitário.

toda noite era a mesma coisa. ela fechava os olhos e se entregava aos devaneios. vislumbrava uma vida completamente diferente. não que esta em que se encontrava atualmente fosse ruim, longe de disso, mas algo lhe faltava. a ausência dele causava dor. dor física e psicológica. e o fato de saber que não existia na medicina remédio para tal dor era frustrante. mas, com o cerrar das pálpebras tudo era diferente. a família estava completa, ele estava ao seu lado e isso lhe fortalecia.

era somente com os olhos fechados que conseguia enxergar de verdade. a vida somente passava a ter sentido à noite, pouco antes do adormecer, quando o sono chegava e, enfim, pudesse se entregar à felicidade plena e satisfatória. durava pouco, mas era o necessário para continuar a vida.

e, então, mais uma vez, sentiu sua presença. ele se aproximou lentamente, com receio de assusta-la. ela estava distraída desta vez, sentada ao chão, focada nas palavra que escrevia numa folha de papel. queria mostrar-lhe seu dom, queria dizer a ele o quanto se sentia orgulhosa por saber que essas palavras, toda a inspiração para escrever, havia herdado dele. tinha orgulho de ser sua filha. 

o anjo aproximou-se um pouco mais dela, não disse nada, ficou ali, imóvel em sua frente, apenas prestando atenção ao que ela fazia. não tinha asas, não tinha auréola. suas vestes eram comuns. mas a luz que emanava  dele e a segurança que transmitia a quem estava perto não deixavam dúvidas, ele era sim um anjo. e estava ali para guarda-la. de todo mal, de todo medo.

ela sentiu-se abençoada. ainda com o olhar focado nas últimas linhas que escrevia, sorriu. o sorriso mais verdadeiro, espontâneo. sabia que ele estava ali. sentiu sua presença, sentiu seu abraço antes mesmo dele tê-la abraçado. sentiu-se verdadeiramente amada. enfim, colocou o último ponto final no que havia escrito. levantou-se apressada e olhou-o nos olhos, seus sorrisos se encontraram, disse então, com intensa emoção - Pai! - e, com olhos marejados, os dois abraçaram-se!

longos minutos se passaram e, como um gesto de gratidão entregou a ele, ao seu anjo da guarda, a carta que lhe havia escrito. ele então se pôs a ler as palavras dela, se emocionando logo no início, onde com uma caligrafia semelhante à sua, se encontrava o título: O Anjo Que Não Tinha Asas. 

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* estive ausente aqui, mas me perdoem! muita coisa boa tem acontecido na minha vida e durante esses dias que se passaram foi praticamente impossível conciliar a vida social com a virtual. agradeço de coração a Deus, primeiramente, por todas as realizações, a todos que visitam aqui todos os dias, aos que comentam e a todos os amigos no geral. MUITÍSSIMO OBRIGADA POR TUDO! em breve voltarei pra contar as novidades. desejo a todos vocês um SUPER FELIZ NATAL, tudo de melhor hoje e sempre!!! :D

o gato e o muro .~*


pela janela do meu quarto eu tenho uma vista privilegiada: o muro que separa minha casa da casa do vizinho. um muro velho, que do meu lado está até conservado, considerando a época em que foi construído e que foi reformado somente uma vez. o muro está ali parado, permanece assim desde que foi erguido, acredito eu. tem dias que juro, parece que ele está mais próximo, como se tivesse vida própria e se aproximasse cada vez mais de mim, se fechando ao meu redor, me deixando sem ar. mas acredito (e espero) que seja somente impressão minha.

deitei sobre a minha cama e olhei pela janela, lá fora passeava um gato. pelos brancos, patas e orelhas meio amareladas. estava em cima do velho muro. andava de um lado para o outro. em um momento me fitou com seus pequenos olhos castanhos, segundos depois voltou a percorrer seu longo caminho em linha reta.

pensei em como aquele gato se parecia comigo, ali, aparentemente calmo, analisando as possibilidades. pensando para qual lado do muro se arriscaria a descer.

pensei nas sete vidas daquele gato. e se eu também tivesse sete vidas? e se eu também somente caísse em pé? ah, que bom seria! se bem que não seria muito agradável saber que eu ainda teria seis vidas monótonas pela frente. ou, quem sabe, as seis seriam diferentes dessa? há várias possibilidades na vida de um gato, certo? alguns moram nas ruas, outros em mansões sendo tratados como verdadeiros reis. alguns, pobres coitados, sofrem a crueldade dos humanos, mas outros são livres, passeiam pelas ruas e aparecem em casa somente quando a fome aperta. seria legal ter seis vidas livres, eu acho.

o gato se foi. de onde eu estava não conseguia mais vê-lo. pensei em mim. eu estava em dúvidas. sempre fui a personificação da incerteza. na verdade mesmo não sei mais dizer se aquele gato e eu tínhamos algo em comum. talvez ele quisesse apenas estar ali em cima do muro, passeando. talvez ele também quisesse apenas ter uma visão privilegiada das coisas. talvez nem quisesse descer, preferia ficar ali observando de cima.

não, o gato e eu nada tínhamos em comum. acho que se algo naquela cena toda se parecia comigo era o muro. estático. solitário, ali, naquele mesmo lugar desde não sei qual data. não faz nada, não fala nada. a única propriedade que possui é a inércia. em alguns raros momentos se movimenta, ou talvez seja impressão de quem vê de longe. permanece sempre no mesmo lugar. alguns se aproximam dele de vez em quando, mas logo se afastam, sempre se afastam, é a lei. 

talvez eu seja mesmo o muro, que está ali somente para dividir. separar. nunca para juntar as coisas. nunca para unir.

quero de Natal o Thiago Correa .~*


e se eu pudesse escolher, eu ganharia somente livros nesse Natal! <3 pensem bem, tem tanto livro barato aí e que a gente quer tanto, seria bem mais fácil pra vocês (que vão presentear a nós leitores) escolher um dos vários títulos da nossa lista de desejados, ao invés de ficar aí procurando o que nos dar. o que acham? rs se eu fosse postar todos que quero aqui, ficaria ate amanhã, então vou citar três da minha listinha de 'preciso urgentemente!'

Sob a Redoma As Vantagens de Ser InvisívelO Palácio de Inverno

Sob a Redoma é um livro que instigou minha curiosidade desde que foi lançado. mesmo nunca tendo lido nada do Stephen King (sim, acredite se quiser! rs), sei lá, nenhum dos seus outros livros provocaram em mim o que Sob Redoma provocou, a vontade gigante de esquecer o preço que ele está e comprar, como se não houvesse amanhã rs, esse livro em especial chamou minha atenção. pelo que dizem dele, pelo que dizem do Stephen e pela capa, amei essa capa!!! :L

vi uma resenha incrível de As Vantagens de Ser Invisível num blog há pouco tempo atrás (infelizmente até procurei aqui, mas me esqueci em qual blog) e fiquei super interessada no livro. um detalhe engraçado é que entrei nesse blog e tinha uma imagem grande da capa e eu (ai, só eu! kk) pensei que minha internet estava ruim de novo, porque a imagem não queria abrir. só depois de algum tempo vi o escritinho "Rocco" lá em baixo. Sim, podem rir de mim, beijos! :k kkkk

O Palácio de Inverno eu sinceramente não me lembro através de onde fiquei conhecendo, mas foi amor à primeira vista! <3 rs primeiramente pela capa, claro, lindíssima!! mas depois que li a sinopse me interessei ainda mais. a história parece ser interessantíssima e eu quero muito esse livro!

mas, se você não pretende me dar nenhum desses livros de presente de Natal, escolha qualquer outro na minha listinha de desejados e eu vou te coracionar pelo eterno sempre! :L rs e se você na verdade nem quer me dar livros, eu tenho outra opção para presente. ME DÊ O THIAGO CORREA! aí eu apaixono! hahaha

fiquei conhecendo essa coisa linda hoje e me encantei! sempre gostei de samba-rock e a singularidade do Thiago, a voz, o carisma, fizeram com que eu passasse a gostar ainda mais do estilo. Thiago chamou a atenção na internet após ser destaque no site da Lily Allen com sua versão de Knock Em Out em samba-rock.

Thiago faz uma mistura de hits digna de aplausos. Cazuza vs Queen, Ben Jor vs Sean Kingston, Adele vs Gilberto Gil e por aí vai. sinceramente fiquei sem palavras quando ouvi. é tanta música de qualidade numa voz incrivelmente agradável que fica difícil falar. ouçam, assistam, sintam e curtam. (e baixem o CD dele gratuitamente, cliquem aqui!!!)



beijos,beijos :k

querido papai noel .~*



neste natal que se aproxima, quero te pedir um milhão de coisas! sei que não tenho sido o melhor exemplo de pessoa, de amiga, filha, neta e tudo o mais, mas espero que considere todas as minhas tentativas frustradas de sê-lo durante esse ano que passou.

neste próximo ano, quero mais amor. quero mais amar. sem medo, sem rancor, sem dúvidas ou desconfianças. quero sorrir e dizer o que sinto, sem pensar no que pode vir a acontecer de errado no dia seguinte. quero sentir-me viva e deixar transparecer todo sentimento positivo que houver dentro de mim.

quero mais amigos. amigos verdadeiros. sabe, aqueles em quem a gente realmente pode confiar em todos os momentos? e não somente companhias agradáveis. quero amigos chatos, daqueles que brigam, que brincam, que acima de tudo nos consideram família.

quero livros. esses tão fieis companheiros. quero ler mais e mais, viver cada história, ser amiga de cada personagem. lutar com dragões e viver um grande romance, daqueles de dar inveja a qualquer um. quero virar as páginas uma a uma, calmamente, mas com a voracidade de um verdadeiro amante da literatura.

quero voar, ser livre, saltar de para-quedas. colher laranjas no pé e sentir o cheiro da terra molhada num dia chuvoso no sítio. andar à cavalo, correr por campos abertos em dias quentes de verão. quero mais família!

quero esperança para aqueles que a perderam. e quero um futuro melhor para as crianças que virão. sabedoria para as mentes insanas e a presença de Deus na vida de cada um de nós.

quero sorrisos. alegria, felicidade onde quer que eu esteja. quero fazer feliz quem estiver ao meu lado. viver intensamente cada momento, não desperdiçar um só segundo de vida. quero mais que passar o tempo. quero realizações, riscar do dicionário a palavra frustração. aceitar o que for meu, desejar o impossível, mas satisfazer-me com o que vier.

quero confiar mais! dar um passo à frente quando pensar em permanecer com o pé atrás. caminhar lado a lado com quem me quer bem. desejar o melhor para aqueles que não querem tão bem assim. esquecer os medos. concentrar-me nos pensamentos positivos. sentir os bons ventos que se aproximam. e se, após estes vierem tempestades, contemplar a chuva, deixar molhar-me e sorrir com  a maravilha das águas vindas dos céus.

eu quero um novo ano de verdade. novas aventuras, novas experiências, novas amizades, novos amores. quero novidades! eu quero mais! eu quero boas novas!

e você, querido leitor, o que você deseja neste próximo ano? :)

beijos,beijos :k

sobre american horror story .~*


Bem, o que dizer de uma série que teria tudo pra ser excelente, mas não conseguiu atingir minhas expectativas? Não sei se o problema é comigo, porque andam falando mil maravilhas da série por aí, mas o fato é que não senti 'o clima' que a maioria das pessoas que está acompanhando AHS sentiu. Pra falar a verdade acho que esse tal 'clima' aí nem existe. Pra mim essa primeira temporada não passou de uma grande loucura. Episódios com muita apelação sexual e muito pouco sentido, a gente vê por aqui! rs

American Horror Story é um thriller psicológico-sexual, definido assim pelo próprio criador Ryan Murphy, também criador de Glee (WHAT??? :o ). Um fato interessante é que cada temporada possui sua história, seu início e fim, como uma minissérie independente. Ok, eu acredito sim que em doze episódios pode-se construir uma minissérie (de terror, por que não?) bem interessante. Mas não se iluda, esse não é o caso de AHS. Não é mesmo!

A primeira temporada conta a história da família Harmon e ocorre nos dias atuais. Eles se mudam para uma mansão restaurada. Ben e Vivien e Violet, marido, esposa e filha se mudam para Los Angeles a fim de começarem uma nova vida depois de um aborto e da traição de Ben. O que eles não sabem quando compram a mansão, por um preço consideravelmente baixo, é que seus antigos moradores ainda vivem lá. O grande xis da questão é a casa e não somente os antigos moradores mortos, ela é o ponto chave da coisa, todos que morrem la dentro ficam presos pelo eterno infinito OH!! rs E nesse ponto, eu sou obrigada a concordar, achei bem interessante a série. 

Sobre os personagens gostei em especial da Violet, uma adolescente em crise. Possui sérios problemas de relacionamentos, tanto na escola na qual foi transferida, como com Ben e Vivien. É introvertida e tem tendências suicidas. Gostei da atuação da Taissa Farmiga e do desenrolar da história de Violet (não vou contar porque né? rs). Vivien, Ben, Tate, Hayden e os demais personagens também são muito bem descritos. Tenho ódio mortal da Constance desde o primeiro episódio e se você assistir acho que poderá entender meus motivos.

Ah e pra quem sente saudades de Heroes, o Zachary Quinto, aquele lindo do Sylar :L está lá em American Horror Story, é um gay muito charmoso. rs Outros grandes nomes também presentes são Kate Mara, que interpreta brilhantemente a jovem Hayden e Dylan McDermott, o Ben.

Bom é isso, se você procura um terror daqueles que você fica noites sem dormir relembrando as cenas nem pense em encontrá-lo em AHS. O máximo que você vai conseguir memorizar de apavorante são as carinhas  tenebrosas das criancinhas das fotos da abertura. Tenho já alguns capítulos da segunda temporada no pc e estou analisando a possibilidade de tentar mais uma vez, dizem que Asylum promete grandes surpresas. Vamos ver se eu não encontro nada mais atraente nesses meus próximos dias de tédio. :D




spoilerzinho de brinde: a carinha de Harrison Morgan do filho de Tate e Viv no final é de doer os rins! hahaha

beijos,beijos :k

eu quero fazer diferente! .~*



Todos vocês já devem ter visto em vários blogs por aí postagens relacionadas a esse projeto, não é mesmo? Bom, adorei a ideia e já estava planejando participar dele há muito tempo, porém como sou enrolada demais e continuo uma fiel praticante do SAI (Sedentarismo de Alto Impacto), demorei a tomar atitude.

O fato é que, com o fim do ano vem todas aquelas questões de listas de desejos e realizações, metas para 2013.. e etc. Enfim, tudo aquilo que todo mundo planeja e a minoria cumpre. Mas desta vez estou realmente afim de fazer diferente. Visitei o site do projeto e realmente estou interessada em alcançar os objetivos que vou propor a mim mesma nestes próximos 1001 dias.

Minha vida anda um saco! Sim. Monótona, vazia, enfim, exaustiva! Não tenho vontade de fazer nada a não ser dormir, comer e ler. Somente quando resolvo, esporadicamente, sair da minha zona de conforto e buscar diversão em outros lugares que não sejam meu quarto, sala, cozinha, etc, é que eu percebo o quanto isso me faz falta. O quanto viver me faz falta. Então, decidi começar esse desafio antes mesmo de o ano acabar (porque né, junto com ele  mundo pode acabar também..) e vou procurar me esforçar ao máximo para conseguir cumprir tudo direitinho!

No decorrer desses 1001 dias vocês poderão acompanhar aqui no Cadê Minha Fluoxetina o andar dessa minha nova carruagem. rs Será que vou conseguir realizar tudo que eu colocar na lista? Prometo tentar!

Se você ainda não conhece o projeto, clique aqui e participe também! Estabeleça suas metas e compartilhe com a gente! :D

Para ver minha lista, que ainda está sendo construída, clique aqui.

beijos, beijos :k
O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. | Coríntios 13, 4-7

* acordei hoje com essa passagem na cabeça. não sei se sonhei com Um Amor Para Recordar ou com um recital que minha tia fez há algum tempo atrás. sei que é uma das passagens mais marcantes da bíblia para mim.  ~~<3

mundo de lembranças .~*



pegou novamente o celular. era a vigésima vez que ouvia a mensagem naquele dia. ficou ali em sua cama, com a cabeça sobre o travesseiro. era o único local onde se permitia pensar nela. onde não era interrompido por ninguém, local onde, sozinho, se sentia acompanhado. tinha se acostumado a isso, vivia de lembranças. lembranças não magoavam, não feriam. o tempo leva a esperança, o apego, mas as lembranças permanecem. ninguém é capaz de tirar as lembranças de alguém sem que este lhe permita.

não se falavam mais, era o terceiro dia desde que a decisão fora tomada. - melhor nos afastarmos de vez, antes que algo mais venha a acontecer. eu não quero, você não quer, e ambos queremos, mais que qualquer outra coisa. - disse a ela num dia chuvoso de novembro. ela concordou, era o que queria ter proposto dias antes, mas que sempre lhe fugia da mente quando se abraçavam.

ouvir sua voz pelo telefone era algo indescritível. causava nele um misto de dor e prazer. o som do seu sorriso e as palavras doces ditas por ela, tão naturalmente, o transportavam para um outro universo. aquelas chamadas o faziam se sentir vivo. aquelas chamadas, mesmo tão curtas às vezes, o faziam sentir gratidão pela vida.

mas tudo havia chegado ao fim. restavam-lhe apenas as boas lembranças dos dias quentes, um celular que não mais recebia chamadas, e aquela mensagem na caixa postal, mensagem que ele ouvia incansavelmente por dias e dias, desde que a descobriu entre as muitas outras perdidas na caixa de entrada.

colocou o pequeno telefone próximo ao ouvido e fechou os olhos. os batimentos cardíacos acelerados mostravam que nada havia de fato chegado ao fim. por mais que dissesse o contrário, ele ainda a desejava lá, ao seu lado. e ia ser assim enquanto as memórias estivessem vivas. ia ser assim para sempre.

alguns minutos se passaram e, por fim, estava decidido, não ouviria mais aquela mensagem. após repeti-la por três vezes seguidas e ouvir o doce som do jamais vou te esquecer no final, clicou na opção excluir. sim, seria mais fácil dessa forma. afinal de contas, quem é que sente falta assim de alguém o tempo todo? que necessidade é essa de falar com alguém a todo instante que não pode ser controlada? quem é que precisa tanto assim da voz de outra pessoa para sentir-se efetivamente feliz? a resposta era simples e objetiva, ele precisava.

guardou o aparelho no bolso. pegou a carteira e as chaves do carro. saiu às pressas. no caminho, as memórias voltaram a invadi-lo. o beijo abrasador e o abraço repleto dos mais intensos sentimentos naquela manhã de domingo, seus olhos sempre tão inquisidores, o mais belo e verdadeiro de todos os sorrisos que ele conhecia. sorriu diante da loucura que estava prestes a fazer, ou de nervosismo, talvez. acelerou, mais e mais, queria vê-la o mais rápido possível, antes que aquela insanidade momentânea chegasse ao fim.

enfim, chegou ao seu destino. conhecia bem aquela rua, os postes, a calçada, as casas geminadas, tudo era nostálgico e convidativo. tocou a campainha. uma, duas, três vezes. não conseguia se controlar, suava frio, estava ansioso, impaciente.

ouviu passos e o som familiar de uma gargalhada. sorriu mais uma vez. ele a amava. sim, ali, prestes a ver novamente aquele lindo rosto, percebeu isso nitidamente. ele a desejava mais que qualquer outra pessoa. ele precisava dela. da seu voz, seu rosto, corpo, seu sorriso.

a porta foi aberta. sentiu seu coração palpitar, estava ofegante com a expectativa. porém, em um segundo seu sorriso se desfez. seu rosto transformou-se em uma máscara de surpresa e dor. percebeu que aquela gargalhada que ouvira tantas vezes há pouco tempo atrás nada tinha a ver com sua presença ali ao lado de fora. aquela gargalhada contagiante, tão gostosa de se ouvir, era dessa vez dirigida a um outro alguém. alguém a quem ela estava abraçada, afável e intimamente ali, bem em sua frente.

fechou os olhos. foi um erro ir até lá, sabia. desejou estar sonhando, não podia ter fraquejado assim. o que diabos ele estava fazendo ali? mãos em punho, cerrou as pálpebras e, com todas as forças, desejou voltar para o seu solitário e inabalável mundo de lembranças. <3

laço de incentivo à leitura .~*


Achei SUPER BACANA a ideia desse meme!! Por ser um meme simples, sem muitos detalhes, regras e etc e, por outro lado, possuir um tema de tamanha importância.

É fato que hoje em dia as pessoas estão sim lendo mais. Seja romance, ficção, autoajuda ou qualquer outro gênero, é só parar um pouco (tirar os olhos das suas páginas por um segundo rs) e olhar para o lado que a gente percebe, sempre tem alguém com um livro na mão. E isso é algo realmente lindo de se ver! 

E eu vou confessar uma coisa a vocês, entro em desespero quando vejo alguém com um livro nas mãos e não consigo ver a capa ou somente saber qual é o livro que a pessoa está lendo. Enquanto não descubro não fico sossegada e se não descubro fico frustrada por uns bons dias! hahaha

Pois bem, esse meme nada mais e que um incentivo a tudo isso. À esse universo paralelo em que nós leitores vivemos. É inexplicável, só quem realmente ama as palavras contidas no interior de um bom livro consegue descrever a importância deles na nossa vida. 

Fui indicada a fazer o meme pela querida Marina, do blog Ler, Imaginar & Criar, e adorei ter sido indicada! :D Maaaas, enfim, vamos às regrinhas básicas!

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1 - Responder a pergunta: Qual livro você indicaria para uma pessoa começar a ler?
2 - Indicar 10 blogs para fazer o Meme. (É expressamente proibido oferecer o laço "a quem quiser pegar" sem indicar seus blogs primeiro. Quero dizer, depois que indicar quem quiser pegar fique á vontade, mas tem que indicar isso é regra obrigatória... Senão perde a graça, porque geralmente ninguém pega meme por pegar!)
3 - Avisar os blogs que você indicou e colocar a imagem no seu blog para apoiar a campanha.
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O Pequeno Príncipe1 - Bom, eu amo muitos dos livros que eu já li e poderia recomendar vários aqui. Fica bem difícil escolher um só, bem difícil mesmo! Mas, pra quem está iniciando a vida de leitor (o que eu acredito, seja o ponto chave desta campanha) eu indico um livro bem pequeno, mas com uma mensagem e conteúdo imensamente belos! O Pequeno Príncipe é um livro que, na minha opinião, todo mundo deveria ler! É lindo! Muito agradável de ler e que deixa aquele sentimento que muito leitor tem de "poxa vida, por que não tem mais umas 200 páginas? :( " hahaha Realmente vale a pena e, com certeza, é um bom livro pra que tá iniciando a vida literária. 


3 - Antes de mais nada, gostaria de pedir que ninguém se sinta obrigado a participar do meme. Faça-o se você realmente apoiar a campanha. Indiquei somente que eu sei que gosta de ler e acredito que esta sim é uma campanha que merece ser apoiada por nós blogueiros (literários ou não). ^^ Já estou avisando a todos e o banner já etá aí! :D

E para vocês, meu amores que visitam aqui e me cativam a cada novo comentário, deixo um dos meus trechinhos favoritos de O Pequeno Príncipe. <3
..mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. os outros me fazem entrar debaixo da terra. os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. e depois, olha! vês, lá longe, os campos de trigo? eu não como pão. o trigo para mim não vale nada. os campos de trigo não me lembram coisa alguma. e isso é triste! mas tu tens cabelos dourados. então será maravilhoso quando tiveres me cativado. o trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. e eu amarei o barulho do vento no trigo..

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Eu tinha dito que postaria hoje dois memes, este indicado pela Marina e um outro indicado pela Patricia, mas, não sei por qual motivo, o Blog da Patricia não quer abrir aqui, então fiquei sem saber como é o meme. :S Vou fazer ele assim que conseguir visitá-la novamente. :D

beijos, beijos :k

always .~*



parece que foi ontem. eu te vi pela primeira vez e tive a certeza de que algo iria acontecer entre a gente. que fosse amizade apenas, mas eu sabia que algo estava por vir. percebi pela forma como conversava com as pessoas que você era diferente. e, desde então, quis te ter pra mim.

engraçado como o tempo passa rápido. tanta coisa acontece e deixa a gente confuso. é fato que eu nunca me dei muito bem com datas e nomes, sou mais de sensações e fisionomias. sinto que algo não está bem com uma simples análise facial. mas acho incrível como o tempo pode passar assim, tão depressa, e levar consigo, sem pedir permissão, os sonhos e as ilusões da gente.

cheguei a acreditar que pudesse dar certo. confesso, cheguei a desejar veementemente que nossa história não se tornasse mais um grande clichê da minha vidinha maçante. inutilmente. de nada adianta reunir forças para vencer o já determinado. nossa gloria e maldição, o destino. esse luta sozinho. é atroz, inexpugnável.

mas não há lamento. as boas lembranças são alento em dias frios. as más, escudo para novas batalhas. e o que é o amor senão a mais injusta das batalhas? um soldado lutando sozinho, tentando reerguer o estandarte jogado ao chão. um guerreiro enfrentando a dor da perda daquele que se rendeu ao primeiro tinir de espadas. ah, o amor. bela batalha seria se realmente existissem inimigos e a disputa fosse por território e não por motivos.. quais são mesmo os motivos?

parece que foi ontem. a gente sorria, brincava, corria pela rua afora, sem destino. não havia medo, indecisão. não havia mentira. não havia saudade. não essa, que machuca tanto.

parece que foi ontem. e parece que vai ser pra sempre. <\3

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* ia postar dois MeMes, um indicado pela Marina e outro pela Patrícia, mas esqueci completamente, quando lembrei já tinha postado esse text(ícul)o. na próxima eu posto ^^

na cabeceira ~ @mor



 Uma história de amor deliciosamente apreciada em um dia. Li, reli, voltei em algumas páginas e li de novo. Adorei e quero mais!! 

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aqui no cadê minha fluoxetina??, a tag Na Cabeceira é utilizada na postagem das minhas resenhas literárias. sejam estas dos livros que eu amei e recomendo ou mesmo daqueles que eu não gostei tanto assim. 
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    Livro:  @mor, 184 p.



Autor: Daniel Glattauer
Editora: Suma de Letras
Avaliação:     
@mor



Num e-mail enviado por engano, começa um relacionamento virtual que testa as convicções de Leo Leike e Emmi Rothner. Leo Leike, ainda digerindo o fracasso de seu último relacionamento, responde de forma espirituosa a duas mensagens enviadas por engano por Emmi Rothner, casada. Inicialmente, ela só queria cancelar uma assinatura de revista. Depois, inclui Leo por engano entre os destinatários de um e-mail de boas festas. Na terceira troca de e-mails, o mal-entendido dá lugar à atração mútua, reforçada pelo fato de um nunca ter visto o outro. Nada como a curiosidade instigada por frases bem encadeadas chegando a intervalos regulares numa caixa postal eletrônica para que os dois se esqueçam dos possíveis impedimentos.

Romance de estreia de Daniel Glattauer, autor renomado na Alemanha e Espanha, @mor é um romance de tirar o fôlego. Explorando o amor de uma forma totalmente diferente, Daniel nos presenteia com uma história maravilhosamente bem estruturada.

Li esse livro já a algum tempo. Comprei-o logo após a publicação no Brasil e me deliciei em apenas um dia com sua linda história. @mor é daqueles livros que ou você ama ou odeia. E eu amei!
Eu sou uma pessoa assim: tenho de contar com o pior pra poder erguer as minhas barreiras imunológicas, com as quais eu então aguento, caso isso realmente se torne verdade.
Emmi Rothner envia um email para a Editora Like a fim de cancelar a assinatura de uma revista. Graças a um erro ortográfico, um ‘e’ adicionado no local errado, envia o email a Leo Leike. Dá-se então início a uma intensa e apaixonante troca de e-mails entre os dois.

A princípio, os assuntos nos emails são informais, Emmi e Leo, em conversas descontraídas, apenas esclarecem a questão da confusão do endereço. Porém, com passar do tempo, tornam-se amigos e passam a perceber a necessidade que sentem um do outro. Os e-mails tornam-sem mais pessoais e íntimos a cada dia e os dois passam de amigos virtuais a confidentes. Até que, inevitavelmente, surge o desejo de se encontrarem pessoalmente.
...Estou com saudade da minha Emmi. Você quer vir aqui? A gente simplesmente apaga a luz. Não precisa se ver. Eu só quero sentir você, Emmi. Eu fecho os olhos. (...) Estou bebendo a nós. Já estou um pouco bêbado. Mas não muito. E agora é a sua vez de novo, escreva pra mim, Emmi. Escrever é como beijar, só que sem os lábios. Escrever é beijar com a cabeça..
O fato de o livro ser inteiramente escrito em e-mails enviados e respondidos é bem interessante, diferente de tudo que até então eu já tinha lido. Ao me deparar com esse formato de texto, inicialmente pensei que a leitura poderia vir a se tornar enfadonha, porém essa é uma descrição que de maneira alguma se encaixa a @mor. @mor é um livro delicioso de ler, que a cada página te faz querer mais e mais (e mais e mais ainda)! :L rs
Não se pode repetir os velhos tempos. Como o nome já diz, esses tempos são velhos. Novos tempos não podem nunca ser como os velhos tempos. Quando se tenta, eles parecem tão somente antigos e gastos, como aqueles pelos quais se suspira. Não se deve nunca lamentar o tempo que passou. Quem lamenta pelo tempo que passou está velho e de luto.
@mor é um livro que merece ser lido! apesar das inúmeras resenhas que dizem o contrário, Daniel Glattauer conseguiu em poucas páginas nos apresentar uma história extremamente sedutora, bem como os personagens. que mulher não gostaria de ter um Leo Leike todos os dias na sua caixa de entrada?? eu, particularmente, espero pelo meu até hoje. rs

bom, sobre a capa eu confesso, não gostei muito. pelo contrário, achei bem fraquinha, se fosse só por ela eu nem teria comprado o livro. as folhas do miolo são amareladas, não sei o tipo de papel utilizado, mas gostei bastante. a diagramação e revisão também não deixaram a desejar. 

enfim, coracionei 5 vezes e já aguardo ansiosamente pela continuação!! a propósito, Caro Daniel Glattauer, JAMAIS IREI TE PERDOAR pelo final de @mor! me deixou DESESPERADA pelo segundo livro, por favor, não faça mais isso. grata! 

beijos, beijos :k

presente de natal em dia de novembro .~*


se juntar cada verso meu e comparar vai dar pra ver, tem mais você que nota dó..


tem gente que deixa a gente feliz apenas com um 'bom dia'. tem gente que, quando sorri, torna nosso dia o melhor de todos. tem gente que diz muita coisa apenas com um abraço. tem gente que a gente quer inteiro e não só um pedaço.

tem gente que é companhia pra qualquer hora. tem gente faz a gente sonhar, dormindo ou acordado. tem gente que a gente sente saudade mesmo quando tá perto. tem gente que nos tira a noção do que é errado ou certo.

tem gente que não sai da cabeça da gente. tem gente que nos põe pra cima só com um 'oi'. tem gente que só pode ter vindo do céu. tem gente que bagunça toda nossa vida. tem gente que parece que foi feita de mel.

tem gente que é mais amigo que qualquer outra coisa. tem gente a gente quer envelhecer junto. tem gente que a gente tem ciúmes mesmo sem necessidade. tem gente que a gente finge que não, mas a gente ama de verdade.

tem gente que, com a pior piada, consegue nosso melhor sorriso. tem gente que parece que foi feita pra gente. tem gente que a gente quer o tempo todo do lado. tem gente que é sonho personificado.

tem gente que a gente não entende porque não é da gente. tem gente que merece muito mais que carinho. tem gente que aceita a gente como a gente é. tem gente que não precisa fazer nada pra ser especial. tem gente que, em novembro, é presente de natal

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então, menina Marina, taí o post mais apaixonado de todos os posts apaixonados do Cadê Minha Fluoxetina! hahahaha e esse tem a vantagem de deixar a coisa 'no ar'. nem triste, nem alegre, apenas amando! <3 hahaha muito obrigada pelo carinho!

meu personagem - Sandor Clegane .~*



e mais uma vez fiquei no desespero da dúvida sobre qual seria o segundo personagem da tag Meu Personagem aqui do blog. quase escolhi o Tyrion, ele sempre me vem à mente, mas acho o Cão de Caça mais digno de estar aqui por achar que ninguém da a ele o valor que ele merece. acho que ninguém gosta do Sandor, só eu. :L e eu gosto mesmo dele! rs

Sandor Clegane é um personagem da aclamada série de George R. R. Martin, As Crônicas de Gelo e Fogo. (pois é, só sei falar disso! hahaha) conhecido como o Cão de Caça, é o irmão mais novo de Gregor Clegane, líder da Casa Clegane. todos os chamam de Cão de Caça, em partes pelo brasão da sua família, que possui três cães, e por sua natureza selvagem e obediência aos seus superiores. Sandor nunca questiona, apenas cumpre com o que lhe é ordenado. é considerado um dos maiores guerreiros de Westeros, apesar de beber muito às vezes.

quando criança, Sandor teve metade do rosto queimado pelo seu irmão Gregor, porque o mesmo o encontrou com um dos seus brinquedos, a partir daí então, Sandor passou a odiá-lo, bem como ao fogo e à hipocrisia de todo e qualquer título de nobreza. Sandor é alto, musculoso e tem os cabelos grandes, penteados sobre o lado queimado da face, onde o cabelo não cresce. ele é bem horroroso. hahahahahaha e fica o tempo todo sério. TODO O TEMPO! ele usa uma armadura simples, o que chama a atenção é seu elmo, em formato de cabeça de um cão a rosnar.

apesar de ser pouco famoso, considerando os demais (Ned, Tyrion, Jon, Arya, Joffrey etc), gostei bastante da forma como Martin descreveu esse personagem em especial. no início ele é somente mistério, aparentemente só mais um guerreiro que serve aos Lannister. no decorrer do livro sua história vai sendo contada aos poucos, detalhes realmente fortes e bem interessantes. grande parte desses detalhes são revelados a Sansa e essa é uma característica do livro que eu gostei bastante, a história de um personagem nos ser apresentada quando um outro é quem está protagonizando a cena.

Sandor acabou por se tornar vencedor do Torneio da Mão depois de salvar Sor Loras Tyrell, o Cavaleiro das Flores, <3 da ira do seu irmão Gregor. ele foi nomeado para a Guarda Real, mas se recusou a ser cavaleiro, (a paradinha do título de nobreza, lembra?) e é frequentemente ordenado a vigiar Sansa, mas não a trata mal em momento algum e isso eu acho lindo! rs sério, com toda aquela rispidez e com toda a chatura de Sansa, porque, sério, ninguém merece a Sansa! ele acaba às vezes até protegendo-a do sadismo de Joffrey. apesar de todos os pesares, aos meus olhos, Sandor é mais um homem incompreendido que qualquer outra coisa. eu realmente gosto dele, já disse isso? rs

bom, até hoje só li o primeiro livro das Crônicas e assisti às duas temporadas da série na TV, mas acho que muita coisa sobre Sandor vai ser revelada nos demais livros e temporadas e tenho pra mim que ele ainda vai se mostrar bem diferente do que aparenta ser. por trás desse seu jeito atroz ainda há, lá no fundinho, um pouquinho de humanidade. rs pelo menos eu acredito nisso, percebi isso principalmente na forma como ele trata a Sansa, a forma, mesmo que meio ríspida, como compartilha com ela sua história. há um quê de "coitado" nele que me encanta! <3 hahaha sei lá, eu de certa forma confio no Cão de Caça. posso vir a me decepcionar, como já aconteceu em alguns momentos, na morte de Mycah por exemplo, mas enfim ele não estava fazendo nada além do que lhe foi ordenado, e mesmo assim eu não deixei de gostar dele (ainda), ok, sou louca. rs enfim, se eu mudar de ideia e passar a odiá-lo como ao Joffrey eu venho aqui contar pra vocês! é isso. :D

beijos, beijos :k

margaridas ao vento .~*



seu olhar foi a primeira coisa que viu. a cor castanho-esverdeada parecia querer enxergar algo mais além daquele rosto em que estava focado. lindos olhos aqueles. notou que estavam meio tristes dessa vez que o olhavam. quis perguntar o porquê, quis saber o motivo daquela tristeza. tentou falar, perguntar o que estava acontecendo, mas a voz parecia baixa demais. tentou gritar, chamar a atenção, balançar os braços, em vão. os olhos pareciam nada enxergar. olhavam em sua direção, mas eram incapazes de perceber qualquer reação que ele esboçava. ela estava longe, distraída, pensou.

olhou em volta, tentando descobrir onde estava. nunca tinha ido àquele lugar antes, um campo aberto, muitas flores. margaridas dançavam por todo o lugar seguindo o ritmo do vento. as flores preferidas dela. lembrou-se do dia em que a pediu em casamento. o grande buquê com a aliança entre as pétalas de uma das flores. ela nunca jogou aquele cartão fora. ainda estava guardado lá, na primeira gaveta, para que pudesse ler todos os dias as palavras mais lindas que alguém já havia dedicado a ela. definitivamente, ele nunca havia estado ali antes, mas sentiu como se pertencesse àquilo tudo. o perfume das flores, o sol da manhã acompanhado do vento suave. tudo era desconhecido, mas ao mesmo tempo, nostálgico.

fixou mais uma vez o olhar à frente. como ela era linda! o traço fino das sobrancelhas combinava com seus olhos, que por sua vez, se encaixavam de forma precisa entre a curva perfeita do nariz, que combinava com as bochechas rosadas, que tinham tudo a ver com a boca, nem tão grande ou pequena demais. tudo nela era perfeito, como se tivesse sido desenhado com a mais intensa e bela inspiração.

correu ao seu encontro, mas não conseguia alcançá-la. queria tocar novamente aquela face. sentir o terno abraço que o fazia esquecer de tudo e todos. correu mais rápido e a cada passo sentia-se mais frustrado. por que ela ainda estava tão longe? fechou os olhos por alguns instantes, impetuoso, só pensava em tê-la novamente em seus braços. correu mais e mais rápido, não queria parar. jamais renunciaria a tudo que sentia por ela.

abriu os olhos. transpirando, exausto. envolto em lençóis em sua cama de casal, percebeu enfim que não a alcançaria. não mais. seu sorriso, seus olhos castanho-esverdeados, seus cabelos longos, tudo ficou para trás. fora arrancado dele de forma cruel e iníqua.

ao olhar para o lado, sobre o criado, percebeu um pequeno cartão e nele os dizeres "de todas as flores, és a única que desejo em todo o jardim. prometo regar-lhe de amor durante toda nossa vida." pouco abaixo do que escreveu para ela, numa caligrafia elegante que ele conhecia muito bem, leu pela milésima vez a pequena frase "aceito-te, meu jardineiro, para sempre!" palavras simples, mas encantadoras, que o faziam sonhar todos os dias com margaridas dançando ao vento.

na cabeceira ~ bilionários por acaso


Livro lido em 2 dias e meio. Leitura fácil, muito agradável. Adorei!

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aqui no cadê minha fluoxetina??, a tag Na Cabeceira é utilizada na postagem das minhas resenhas literárias. sejam estas dos livros que eu amei e recomendo ou mesmo daqueles que eu não gostei tanto assim. 
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Livro:  Bilionários Por Acaso: A Criação do Facebook, 232 p.
Autor: Ben Mezrich
Editora: Intrínseca
Avaliação:       


Bilionários Por Acaso: A Criação Do FacebookBilionários por acaso é um relato impressionante dos bastidores de uma história sobre ganhar dinheiro e perder a inocência, mas também sobre como uma empresa que foi criada para juntar pessoas separou dois amigos.

Há tempos esse livro estava na minha lista de desejos, pra ser mais precisa, desde seu lançamento, mas como acontece com vários livros sempre surge outro que desperta mais meu interesse e os que antes estavam no topo da lista vão sendo rebaixados, ficando pra depois.

Ainda não conhecia nada a respeito da história do Facebook, não assisti ao filme (ainda, já que o livro me deixou curiosíssima e vai me fazer comprar o DVD), então foi tudo uma surpresa. Adotei esse novo método de leitura (não ler sinopses ou resenhas antes da obra) para não perder o encanto, e isso tem tornado minhas leituras mais agradáveis e interessantes. Todos concordam que é bem melhor ler um livro sem saber o que vai acontecer na próxima página, certo?

Ben Mezrich nos apresenta em Bilionários Por Acaso uma história irresistível. Em uma linguagem envolvente, somos levados aos corredores das maiores universidades da América. Em vários momentos é possível se sentir nas badaladas festas de fraternidade ou no laboratório de informática dos campi mais consagrados do planeta.

Por se tratar de uma história real sobre a fundação de uma das mais famosas empresas virtuais, Ben conseguiu reunir, baseando-se em entrevistas, várias fontes, documentos e arquivos de documentos judiciais, vários fatos, transformando tudo isso em uma narrativa espetacular.

Os personagens são muito bem descritos. Logo de cara somos apresentados a Eduardo Saverin, brasileiro, estudante do segundo ano em Harvard na sua festa de apresentação, a primeira das etapas para seu ingresso no Phoenix, um dos mais prestigiados Clubes Finais de Harvard. Em seguida somos levados ao mundo de Mark Zuckerberg, o garoto do cabelo enroladinho, um nerd mais interessado em seu laptop e em seus códigos de programação que em todas as outras questões e eventos relacionados às fraternidades de Harvard.

A história ter sido exposta em uma narrativa a tornou mais atraente. Uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição é o que realmente se encontra desde os primeiros capítulos do livro. Ben Mezrich expõe detalhadamente a ascensão de Mark e do Facebook, e consequentemente o declínio de (quase?) todos os que estiveram junto (ou não) com ele, ajudando-o na criação do site, mostra como Mark Zuckerberg passou a perna em todo mundo para se dar bem, mesmo não estando ‘muito aí’ para o dinheiro. (aham, Mark, todos acreditamos). 

Sobre a diagramação e capa, me agradou muito o tipo de papel utilizado no miolo do livro. Chamois Fine Dunas 75g/m² é sempre bem-vindo aos olhos. Da capa também gostei bastante, não procurei saber se é a mesma da versão original em inglês, mas enfim, é Intrínseca então né, não temos muito a discutir. No mais é isso, coracionei cinco vezes. É realmente um livro muito interessante. Super recomendo!

beijos, beijos :k


O que tenho vivido


Galerinha, agradeço aqui pelas críticas do meu último post, quase pré-histórico (rs) e peço também desculpas pela demora, portanto, para voltar a postar. Todos nós andamos com muita pressa, mas adianto aqui que não esqueci de voltar a postar e que sou muito grato à Kelly pelo espaço!

Hoje vou abrir mão de fazer uma crônica, digamos, fantasiosa para poder falar um pouco sobre minha vida, meus estandartes, ideias, etc... Ou seja, uma chatice que não sei quem vai aguentar ler até o final, hahahaha.

Como me apresentei anteriormente, sou natural de Papagaio, MG, sou escritor com um livro publicado, sou estudante de medicina, amo poesia, gosto de ler e blá blá blá... Mas o que eu acho realmente interessante e, por isso, peço um pouco de paciência a todos aqui, são na verdade, as concepções de vida, sobre a ética, política, filosofias de vida, humor e tal.

Bem, como interiorano de Minas, é de se supor que tive uma educação conservadora, pautada no cristianismo, no respeito a família, temendo à Deus, muitas vezes fechado a um pequeno mundo de ideias (tomadas como certas por todos que me rodeiam, rodeavam). Resumindo na fala da personagem, dona Doroteia da novela Gabriela (do mala Jorge Amado), eu era um cara que se baseava na moral e nos bons costumes hahahaha. Não que eu seja hoje um putão. Na verdade, ainda guardo dentro de mim muita coisa conservadora, como, por exemplo, minhas preferências políticas social-democratas, afinal não consigo votar nesse Lulo-Petismo (ainda mais após ler o livro O que sei de Lula, de José Nêumanne Pinto, um livro consciente, preciso, pouco lido pelo público, mas esclarecedor e, acima de tudo, confiável - o que Lula não é) que vem assolando o país... O que me diferencia hoje do que eu era, ou melhor, do que minha família queria que eu fosse é que atualmente não creio num ser superior, ou deus, para simplificar. Creio na inteligência humana e no amor existente em cada um de nós, como o também agnóstico Bertrand Russel em, Porque não sou cristão. Além disso, perdi também alguns conservadorismos e preconceitos, principalmente quando vim pra BH, fazer pré-vestibular. Não sou um cara de direita por completo, como dizem os ''marxchatos'' por aí. Fui adolescente, passei pela esquerda, sei das causas e de muitos argumentos e não volto atrás mais. Hoje me guio pelo Pondé, Ferreira Gullar, agora pelo Nêumanne, por mim, -por que não, afinal, somos também formadores de opinião), pelo Bertrand, Freud, etc...Isso aqui deve tá ficando chato pra quem não gosta de política, mas tudo bem, prometo não voltar a escrever sobre política por aqui...

 Abrir a mente para perspectivas novas foi muito importante para mim. Hoje não consigo acatar uma opinião sem fazer um filtro, analisar até poder dizer se concordo ou não. De fato, muitas vezes eu concordo com a pessoa só pra não ser chato ou pra não prosseguir uma discussão ad aeternum. Aprendi isso com minha mãe, rs. No fundo, acho que todos os seres humanos tem um potencial igual de ideias e pensamentos, talvez eu tenha sido um pouco arrogante expondo aqui minha ideias assim de forma tão aberta. Porém acho que fui sincero. É preciso dizer isso pra alguém na vida.  Não me acho a última coca-cola gelada do deserto. Aliás, não bebo refrigerante há 5 anos! hahaha Fora a brincadeira, peço que continuem dando feedbck, trocando ideias. Próximo post, mais breve, espero, vou voltar pra parte literária, de onde eu não deveria ter saído. Um beijo e hasta!

na cabeceira ~ O Rosto que Precede o Sonho


Livro deliciosamente devorado em um dia, entre sorrisos, lágrimas e muita emoção. Parabéns, Maurício Gomyde e muito obrigada por me proporcionar tantos momentos bons através das suas palavras! <3

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aqui no cadê minha fluoxetina??, a tag Na Cabeceira é utilizada na postagem das minhas resenhas literárias. sejam estas dos livros que eu amei e recomendo ou mesmo daqueles que eu não gostei tanto assim. 
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Livro:  O Rosto que Precede o Sonho, 176 p.
Editora: Porto 71
Avaliação:       

O Rosto que Precede o Sonho
Os sinais que ele não percebeu, no dia do acidente, poderiam ter evitado que seus pais entrassem naquele avião. Tempos depois, algo inesperado mudou o rumo das coisas, e ele, então, passou a esperar o dia em que os sinais voltariam... Tomas Ventura levava uma vida quase perfeita, cercado por tudo que sempre quis: um violão, um telescópio, muitos discos bons, amigos, um emprego de sonhos e uma casa que flutuava. Mas no dia em que recebeu a proposta de trabalho da sua vida, o convite para participar da trilha sonora de um grande filme de Hollywood, ele decidiu dizer “não”. Até que dois sinais, os olhos cor de mel daquela menina, mostraram-lhe que ainda havia motivos para seguir em frente...

Se eu tivesse que definir esse livro em apenas uma palavra, eu diria magnífico! Maurício consegue nos prender desde o início da história até a última frase do livro. Nos faz rir, chorar, rir de novo, voltar atrás, reler novamente alguns trechos. Nos faz querer mais e mais.

O Rosto que Precede o Sonho é a terceira obra do escritor. Confesso que depois das duas perfeições, O Mundo de Vidro e Ainda Não Te Disse Nada, eu não esperava que Maurício pudesse me surpreender ainda mais. Porém foi o que aconteceu. O Rosto que Precede o Sonho é um livro cheio de sentimento, uma história de amor verdadeiro daquelas que todos sonhamos em ter.

Tomas Ventura descobre que foi traído, pior, que estava sendo traído há dois meses. Está passando por uma fase difícil quando, num sebo, conhece A Menina dos Olhos Cor de Mel. Aurora. Uma doce jovem com gostos musicais semelhantes aos dele. Tomas é compositor de Trilhas Sonoras, Aurora, fotógrafa. E é em meio à arte que o amor dos dois se desenvolve.

É impossível não se encantar pela presença constante da música nos livros do Maurício. Acredito que a música seja sempre citada em seus livros pelo fato de o autor ser também baterista e compositor, porém isso é feito de forma natural. Não é aquela coisa que a gente vê em muitos livros por aí, nada forçado ou cansativo. A música está presente na vida dos personagens, como na nossa vida, o que faz com que a história se torne real para nós leitores.
- hum... e o que te inspira?                                                                    - o céu, a água, a vida, momentos como este aqui. aproveito cada segundo que tenho, sempre. não sei o que será de amanhã, se estarei vivo, se vou te ver de novo, por exemplo.
Tomas perdeu os pais em um acidente de avião e desde esse dia passou a acreditar nos sinais que a vida nos dá de que algo está para acontecer. Uma forte característica de Tomas também é a forma como leva a vida. Ele aproveita ao máximo cada momento, cada instante, como se fosse o último e o tempo todo na história tenta passar essa mensagem para as pessoas com quem convive.

Outro detalhe mágico no livro é como o título se encaixa perfeitamente na história. Maurício descreve algo que todos um dia já chegamos a pensar a respeito, mas fomos incapazes de colocar em palavras. O Rosto que Precede o Sonho. Sim, é sempre o daquela pessoa a quem mais desejamos!! 
..o ponto central fala daquela pessoa em quem a gente pensa antes de dormir. não aquela que vem à mente quando deitamos, mas a última a invadir nossos pensamentos antes do sono profundo. é o momento em que o estado de consciência é tal que não temos controle sobre o que pensamos. e, nesse exato instante, somos invadidos pela mensagem que nosso subconsciente realmente deseja que tenhamos antes de sonhar... é o limiar entre a consciência da razão e a inconsciência do sono. na fronteira entre esses dois estados , o rosto que o destino grava no cérebro é o daquela pessoa que, efetivamente, a gente gostaria que estivesse ali, deitada ao nosso lado..
Mais uma novidade que até então que eu não tinha visto em nenhuma outra obra literária: o processo de criação de uma música. Gomyde, com maestria, apresenta a nós leitores  como é composta uma canção. Fica muito bem ilustrado na história todo esse processo, desde o início, com a decisão de Tomas por aceitar um novo trabalho, a busca pela inspiração e pela nota perfeita e, por fim, a revelação de que aquela seria a melhor de todas as suas canções.
- acho que o mundo anda tão corrido, tão ausente de - ele fez o sinal de aspas - "parar e olhar as coisas com um pouco menos de velocidade", que o ato de mergulhar numa história e vivenciar o mundo de um personagem por meio de uma canção é a forma que encontrei de fugir um pouco do mundo.
A história revela várias surpresas que não é possível expor aqui sem que se perca o encanto. Mas eu não quero fazer isso. Quero que todos leiam e se deliciem com uma das melhores histórias de amor que conheci até hoje. O amor puro, sem segundas intenções. "O" amor e não apenas mais "um" amor.

Bem, sobre a revisão, diagramação e o miolo tenho apenas a agradecer. Nenhum erro de digitação (pelo menos eu não encontrei nenhum rs), fonte não muito pequena, mas nem tao grande a ponto de ficar desproporcional ao tamanho das páginas, que são amareladas, nossas preferidas! Com certeza coracionei cinco vezes (só porque cinco é o limite rs). :L 

Um detalhezinho só que eu não gostei foi que ele é menorzinho que os outros dois livros do Maurício, então na estante me incomoda não vê-los pertinho uns dos outros. rs Mas é só. 

Para comprar O Rosto que Precede o Sonho, Ainda Não te Disse Nada ou O Mundo de Vidro e conhecer mais detalhes sobre esse nosso querido parceiro, entre em contato diretamente com o Maurício pelo site mauriciogomyde.com ou pelo email mauriciogomyde@gmail.comLeiam, sintam e.. Carpe Diem!


beijos, beijos :k
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