na cabeceira ~ Morte e Vida de Charlie St. Cloud


e depois de MUITO tempo (acho que nunca demorei tanto pra ler um livro por pura preguiça!), finalmente terminei Morte e Vida de Charlie St. Cloud! Aleluia!! \o/ O livro é bem cansativo no início, quase abandonei a leitura. perguntei a um amigo se ele queria o livro, mas ele recusou e me disse que só aceitaria depois que eu tivesse terminado de ler. Resultado: ele perdeu, não vou mais me desfazer do livro, amei a história! :L kkk

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aqui no cadê minha fluoxetina??, a tag Na Cabeceira é utilizada na postagem das minhas resenhas literárias. sejam estas dos livros que eu amei e recomendo ou mesmo daqueles que eu não gostei tanto assim. 
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Livro: Morte e Vida de Charlie, 296p.
Autor: Ben Sherwood
Editora: Novo Conceito
Avaliação:      


Morte e Vida de Charlie St. Cloud Um coração dividido entre dois mundos. Em uma pacata vila de pescadores da Nova Inglaterra, Charlie St. Cloud cuida dos gramados e monumentos de um antigo cemitério onde seu irmão mais jovem, Sam, está enterrado. Após sobreviver ao acidente de carro que tirou a vida de seu irmão, Charlie recebe um dom extraordinário: ele consegue enxergar, conversar e até mesmo brincar com o espírito de Sam. É neste mundo místico que entra Tess Carroll, uma cativante mulher treinando para navegar sozinha ao redor do mundo em um veleiro. O destino faz com que seu barco seja apanhado por uma violenta tempestade, trazendo-a assim para a vida de Charlie. Sua bela e incomum ligação os leva a uma corrida contra o tempo e a uma escolha entre a vida e a morte, entre o passado e o futuro, entre apegar-se ou deixar o passado para trás – e a descoberta que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações.

e mais uma vez inicio uma leitura sem antes ler sinopse ou resenhas. peguei mesmo esse hábito e o recomendo a todos. é tão mais fascinante ler uma história da qual você não faz ideia do que se trata ou do que vai acontecer a seguir!

o livro conta a história de Charlie, um jovem de 17 que decide sair com seu irmão mais novo, Sam, para assistirem a um jogo. no caminho de volta os dois sofrem um acidente. logo após o acidente os irmãos despertam em um locam escuro e desconhecido. os dois conversam, se perguntando onde estão e Charlie faz ali a promessa de nunca abandonar seu irmão. o acidente foi fatal para o pequeno Sam, Charlie é salvo pela equipe de bombeiros após um procedimento de ressuscitação e percebe então que naquele momento após o acidente eram os seus espíritos que estavam juntos, se comunicando.

após sua experiencia de quase morte Charlie recebe um dom incomum que muda toda sua vida, o dom de ver espíritos, não somente o do seu irmão, mas o de todas as pessoas que deixam a vida e passam para o próximo estágio. para cumprir sua promessa, Charlie começa a trabalhar no cemitério onde Sam foi enterrado e em todos os crepúsculos se encontra com ele para uma partida de beisebol.

durante treze anos Charlie cumpriu com sua promessa, realizando esse ritual dos fins de tarde com Sam. porém, tudo muda com a chegada de Tess . Tess Carroll é uma jovem aventureira em treinamento para dar a volta ao mundo em um barco à velas.  uma tempestade faz com que a jovem perca o controle sobre seu barco e o destino a leva até Charlie. o mesmo, então, se vê dividido, forçado a escolher entre o passado e o futuro.

confesso que quase abandonei esse livro. comecei a leitura animada e encontrei um Charlie sem sal e uma Tess chata, em uma história que em vários momentos me deixou entediada. em vários momentos pensei em colocar o livro de volta na estante e pegar algum outro dos mais de 30 que estão na lista de espera (sim, mais de 30!!!), mas ainda bem que não o fiz. o livro é lindo! adorei os personagens conforme foram descritos no decorrer do livro. Charlie se mostra um fofo, diferentemente do início e os momentos em que ele e Tess passam juntos são tão bem descritos e cheios de emoção que você é capaz de sentir a presença dos personagens ali bem ao seu lado.

evitei falar muito sobre Tess e o momento em que ela aparece na vida de Charlie. não quero estragar a magia que esse livro revela a quem ainda não o leu e recomendo a todos. mesmo que você comece e não goste, mesmo que ele esteja cansativo eu peço, vá até o fim! rs você não vai se arrepender!

bom, sobre a capa não tenho muito a dizer, somente que eu preferiria a original (tenho uma antipatia gratuita do Zac Efron), mas enfim, como no Brasil não temos muita escolha quanto a isso, fazer o que, né? sobre o miolo, não sei qual o papel utilizado, mas as páginas são amareladas, as preferidas da maioria dos leitores, acredito eu. enfim, perdeu um coração pelo início chatinho, mas ainda assim é um excelente livro. gostei bastante!! :r

p.s. qualquer semelhança com a história de E Se Fosse Verdade é mera coincidência. (será?) só assisti ao filme então, talvez, assim por acaso, seja mesmo só coincidência. vai saber.. (ohh, estraguei a magia! kkk) :i

* lembram daquele texto do barman? aquele, uma cerveja, por favor!? pois é, estou escrevendo a continuação! tava faltando inspiração, mas já sei onde vou encontra-la! (*risinhos frenéticos de adolescente apaixonada* kkkkkkk) <3

** recebi essa semana uma cartinha da Cibele com o marcador que ganhei no sorteio e outras coisinhas fofíssimas, no próximo post (quando eu recuperar minha câmera que tá emprestada com a minha tia rs) eu posto aqui. MUITO OBRIGADA viu, Cibele, sua linda! amei! :L

*** parece que eu estou enrolando com o sorteio, mas acreditem, eu não estou, ok? hahaha só estou planejando melhor uma surpresinha pra vocês, ok?? aguardem!! <3

beijos, beijos :k

meme: julgando pela capa



oii!! há quanto tempo não posto algo assim como memes ou sorteios! deu saudade. :) tenho estado cansada e sem temo ultimamente e sempre que sobra um tempinho eu pego um livro que estou lendo ou corro pro papel quando surge alguma ideiazinha para algum texto. 

fico imensamente feliz pelo carinho de todos vocês a cada novo texto que é publicado aqui. escrevo pensando que nem está tão bom assim e sempre pensando que só eu vou entender, mas vocês aparecem e deixam aqueles comentários mais lindos. só tenho a agradecer. mesmo!! <3

pois bem, vamos lá! hoje eu vou postar um meme que já vi em vários blogs. nunca fui indicada por nenhum deles ara faze-lo e também não sei qual blog o criou, então vou não vou citar nomes para não correr o risco de errar. (caso você tenha criado o meme, me avise e eu coloco seu nominho aqui, ok? =) rs

esse meme consiste basicamente em colocar o banner do meme (coloquei a foto acima que tirei da minha prima Ana Luiza, essa fofa de 2 aninhos que todos os dias vem aqui e me pede um 'nivo impestado' :L tirei várias fotos dela com meus livros, mas esta foi uma das que eu mais gostei e tem tudo a ver com o meme, já que eu AMO as capas dos livros do George R. R. Martin), responder algumas perguntinhas e indicar alguns (esqueci quantos) blogs para fazerem também. vamos lá?

Cite um livro que você leu por causa da capa: Angelologia, de Danielle Trussoni, foi um livro que logo de cara me chamou a atenção. Ainda não tinha lido nada sobre anjos e, pelas resenhas que li, esse parecia ser um dos melhores lançamentos até então. Amei a capa e o livro. É o tipo de leitura que te prende desde o início. O final fica meio 'no ar' dando margem a uma possível continuação, mas ainda assim ele é um dos meus livros preferidos.

Cite um livro que você relutou e ler por causa da capa, mas gostou da história: Sem dúvidas, @mor, romance de estreia de Daniel Glattauer. Comprei esse livo numa promoção do Submarino. Nunca tinha ouvido falar dele, não procurei saber nada a respeito, não li resenhas nem opiniões. Pensei em dar ele de presente a alguém sem nem ao menos dar uma chance ao pobrezinho. rs A capa é bem sem graça, mas  história é tão linda e envolvente que por várias vezes me senti dentro do livro. Me senti como se eu mesma calçasse 37 (oh, que coincidência, eu calço! kk) e recebesse diariamente e-mails do lindo do Leo Leike. Leiam esse livro, por favor!

Cite um livro que você comprou porque gostou da capa mas se decepcionou: Anna e o beijo francês é o primeiro título que vem em minha mente. Estava louca para ler, comprei mais pela capa que pela sinopse (acho que nem cheguei a ler a sinopse*) e me decepcionei grandemente. O livro inteiro é um grande clichê, o mocinho lindo que todas as garotas querem, a recém chegada de outro país que faz amizade logo no primeiro dia com uma das garotas mais lindas do colégio e se apaixona pelo mocinho. Detalhe, a menina linda também ama o mocinho. Ai, que preguiça! Bem previsível, mereceu apenas três corações na minha avaliação.

Quais suas (cinco? só?? rs) capas de livros preferidas??

Seria muita crueldade comigo escolher somente cinco capas preferidas. Tenho tantas que gosto, então vou colocar algumas. Lembrando que, não é porque gostei da capa que gostei da história, ne!? rs

  Ainda não te disse nada      Precisamos Falar Sobre o Kevin   A Guerra dos Tronos   O Livreiro de Cabul    Pequena Abelha   Bios

Essas são umas das capas que eu mais gosto. As capas de As Crônicas de Gelo e Fogo eu amo todas! <3 Mas coloquei só uma pra simbolizar. rs O Livreiro de Cabul eu abandonei a leitura. Troquei ele por dois em um sebo, tentei ler três vezes e não consegui. Pensei em troca-lo de volta mas não consigo também, sempre que olho para a capa mudo de ideia. rs 

Bom, é isso, ia postar o sorteio já nesse post mas se fizer isso vai ficar gigante isso aqui. Vai ficar pra depois, mas já adianto que em parceria com a Hanny Saraiva, autora de Nephalins, e com meu primo Emerson, vou sortear aqui entre os leitores um exemplar do livro Morte e Vida de Charlie St. Cloud (doação do Emerson) e alguns cartões postais e marcadores de páginas, cortesia da Hanny. Aguardem!!

na cabeceira ~ Amigos Inimigos


primeiro Book Tour que participo, organizado pela Babi Lorentz. Amigos Inimigos é um livro pequeno e muito fácil de ler. Levei dois dias pra terminar, mas por muito cansaço e falta de tempo. =)

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aqui no cadê minha fluoxetina??, a tag Na Cabeceira é utilizada na postagem das minhas resenhas literárias. sejam estas dos livros que eu amei e recomendo ou mesmo daqueles que eu não gostei tanto assim. 
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Livro: Amigos Inimigos, 104p.
Editora: Novo Século
Avaliação:     

Amigos InimigosMaria e Jack eram amigos quando criança. Daqueles que se dorme na casa e brinca das mesmas coisas. Mas eles cresceram e a idade esmoreceu a amizade. Tomaram direções opostas. Demais até. E você? Já teve um amigo-inimigo? 

Quem nunca teve um amigo inimigo? essa é a pergunta que inicia o romance de estreia da autora Vanessa Martinelli, um romance juvenil, porém que vem encantando vários adultos por aí.

O livro conta a história de Maria e Jack, amigos de infância que não se desgrudavam e viviam um na casa do outro. com tempo as coisas mudam, os dois, sem maiores explicações, se afastam. Maria chega a ter uma certa antipatia ao garoto. Jack, por outro lado, a meu ver é somente um garoto como todos os outros nessa faixa etária dos 13 aos 18 (alguns até depois dos 18 rs), simplesmente um chato e extremamente irritante.

Sou fã de todo tipo de literatura, amo um bom romance, mesmo que infanto juvenil. procuro ler e avaliar esses livros como se eu tivesse a mesma idade dos personagens. Porém, não sei se não consegui fazer isso ou se consegui e realmente o livro não toca tanto assim o leitor. Por mais que a história seja legal e tudo, em vários momentos achei o livro vago. Muitas coisas aconteciam do nada, outras a mim soaram bem incoerentes ou forçadas, como quando os alunos esqueceram a professora no acampamento ou quando Maria leva o cachorro de Zack para assistir o jogo de futebol (velho, que preguiça!). E não somente esses momentos, mas em vários outros, na minha opinião o livro deixou a desejar.

Os personagens também são fracos. Vanessa explorou vários assuntos no livro, não tão bem como poderia, mas enfim, explorou. ok, ok, vou tentar ser menos cruel rs. No livro são abordados assuntos como obesidade, separação, ausência dos pais, etc. Mas esses são assuntos que deveriam ter uma maior explicação de como é conviver com isso, do que acontece na vida de quem enfrenta esses problemas e etc, esperei por isso mas não aconteceu. De todos os personagens, quem mais me chamou a atenção foi Morgana. Autêntica, de personalidade forte e com um humor "ácido" de dar inveja. Os demais personagens achei vagos, como o desenrolar da história. Gertrudes é bem previsível, mesmo após a cena da apresentação, nome estranho para garota estranha, não gostei dela. Jack , como eu disse antes, é só um garoto. Maurício é o típico playboy que se acha o fodão, entra na história do nada e sai dela mais do nada ainda. E as outras amigas de Maria, nem me lembro mais dos nomes. :O Ah e tem um primo que eu também não me lembro o nome. André? Acho que sim, não sei.

A história é até interessante pelo fato de abordar temas que todo muita gente vive nessa fase da vida. Mostra a real amizade entre as garotas, a rivalidade entre os garotos e o amor que brota às vezes nos lugares ou em quem a gente menos espera, como no caso de Maria que odiava Jack (por qual motivo mesmo??). Na verdade somente  Maria não esperava que esse "amor" ia acontecer. 

Pois bem, Vanessa também é ilustradora e foi ela mesma quem desenhou a capa, muito fofinha por sinal. Sou tão avoada que agora, quase uma semana após ler o livro e enviá-lo à próxima da lista do Book Tour eu me esqueci se as páginas são brancas ou amarelas, o que me lembro é que não me incomodaram os olhos, somente. rs No mais é isso, coracionei somente três vezes. E, para provar que eu não sou cruel com todos os infanto-juvenis, deixo abaixo o trecho de um que foi por mim mesma coracionado cinco vezes (porque é o máximo de corações que eu permito nas classificações, senão teria mil outros <3 ). 

Difícil entender o que você faz acontecer dentro de mim. Tem coração batendo no joelho, olho enxergando em cotovelo, e estômago atravessado na garganta. Coisa esquisita; desarruma tudo, mais do que Tambora, o feroz vulcão da Indonésia, que em 1815 provocou a maior erupção que já existiu no mundo, estou em erupção. Até o primeiro dia de aula o professor de astronomia podia dizer que a estrela mais brilhante, vista da Terra, era a Sirius A, Alfa Canius Majoris. Agora é você... (Cuidado: Garoto Apaixonado - Toni Brandão). 

beijos, beijos :k

* amores meus, parem de comentar essas coisas lindas sobre meus textos ou qualquer dia eu começo a chorar e aí quero ver o que vocês vão fazer! u_u Ok, não parem, porque eu AMO o que vocês escrevem, seus lindos! <3 kkkkkkk E, já que vocês pediram (ok, perguntaram :| kk) o post passado vai ter continuação! \o/\o/\o/ Vou ter que arrumar inspiração não sei onde, mas enfim, vou tentar! *-* Obrigada mesmo pelo carinho! :L

** aguardem! no próximo post teremos um MEME literário bem bacana e um sorteio pra vocês meus queridos leitores! <3

uma cerveja, por favor! .~*


abri os olhos. por um segundo me perguntei onde eu estava. olhei para cima e em seguida para os lados, buscando reconhecer o ambiente. definitivamente aquelas não eram as paredes do meu quarto. o tom pastel e os vários quadros retrô provavam isso. uma cama de casal, guarda-roupas de modelo antigo, um globo de plasma sobre um pequeno criado e uma estante ao canto completavam o ambiente, tornando-o  estranhamente aconchegante.

reconheci alguns livros. Bukowski, Larsson e George R. R. Martin foram os primeiros que me chamaram a atenção, livros que eu já lera e que coincidentemente também tinha na estante. deixei de lado o edredom e fui até eles. escolhi Larsson por saudade dos tempos em que eu era assinante da revista Millennium. reli algumas páginas, alguns dos capítulos que eu mais gostava. ao folhear as páginas, encontrei um pequeno cartão visitas do Dublin Pub. coloquei de volta o livro na estante, próximo de alguns CDs  e DVDs. percebi também um notebook atrás dos livros. não, eu não ia me atrever a liga-lo.

voltei a olhar em volta, onde eu estava? não era um lugar totalmente estranho, mas eu não me lembrava exatamente do ambiente. tentei voltar mentalmente na noite anterior. um bar, luzes fortes e um som alto me invadiu, como se eu realmente tivesse voltado no tempo. lembrei-me de ter bebido algumas cervejas e flertado com o barman, uma mania antiga que eu tentava me livrar, mas que sempre me vencia após as duas primeiras long necks. sempre pedia uma cerveja e, quando estava inspirada (quase em todas as ocasiões), "uma cerveja e um beijo, por favor". a maioria não entendia, alguns levavam na brincadeira, outros à sério demais. dessa vez ele era até bem bonito. tinha um rosto jovial, cabelos pretos pouco acima dos ombros, presos com um daqueles elásticos geralmente usados para prender dinheiro. o que mais me chamava a atenção era sua forma de sorrir. seus olhos fechavam e se curvavam levemente para baixo e uma pequena covinha aparecia na sua bochecha esquerda. não sei se ele sorria assim como uma tática de conquista, mas funcionou. percebi isso nos olhares do tipo oi-vamos-para-minha-casa presente em vários rostos femininos que insistiam em permanecer no bar, mesmo sem consumir nada. o meu era um deles.

fora o barman não me lembro de muita coisa. talvez tenha bebido demais ou alguém tenha colocado um boa-noite-cinderela na minha garrafa. não acredito muito nessas "lendas de balada" mas, como dizia minha mãe, "nesse mundo, após duas doses de whisky, tudo se torna possível e às vezes até provável". olho novamente ao redor, procurando por características que me fizessem reviver os acontecimentos depois que saí do bar. a blusa e calça sobre o chão não provavam muita coisa, visto que essa é uma outra mania minha, dormir de lingerie e deixar as roupas em qualquer lugar que não seja o guarda-roupas ou o cesto de roupas sujas. 

volto para a cama. qualquer que seja a pessoa que me trouxe pra esse lugar uma hora ou outra vai acabar voltando. fecho os olhos, estava cansada, mesmo após ter dormido muito. momentos antes de pegar no sono novamente, ouço passos e o barulho da porta sendo aberta bem devagar. o coração dispara e sinto uma onda de adrenalina percorrer pelo sangue. puxo o edredom por sobre o corpo como se isso fosse me proteger de quem quer que estivesse entrando. com a respiração ofegante vejo uma bandeja com frutas, pães e uma xícara grande, que eu desejei ser de café. segurando a bandeja estava ele, um moletom branco, uma bermuda florida e aquele sorriso lindo, com a inconfundível covinha na bochecha esquerda. dessa vez estava com os cabelos molhados, soltos, puxados para trás das orelhas.

instantaneamente um turbilhão de lembranças invadiu minha mente. a primeira vez que ele sorriu pra mim, perguntando qual cerveja eu ia querer e dizendo que o beijo eu não tinha escolha, tinha apenas de uma marca, mas que era brinde. lembrei das conversas, de quando todos aos pouco foram embora, quando ficamos a sós e do nosso primeiro beijo ali mesmo, no balcão, com Here Comes The Sun ao fundo, mais baixo agora que não haviam clientes. olhei mais uma vez para o seu rosto, tentei me lembrar de quantas cervejas eu tomei, do quão "louca" eu fiquei a ponto de ir para a casa de alguém que eu até então não conhecia direito. sorri diante da minha inconsequência na noite anterior. logo eu, a santinha, a correta e antiquada. a pura, inocente e ingênua aos olhos dos pais.

ao que parecia tudo havia dado certo. eu não tinha sido sequestrada ou algo do tipo. sorri novamente, dessa vez uma gargalhada, lembrei-me de Lisbeth Salander em um dos meus trechos favoritos da Trilogia Millennium. no fim das contas ela estava certa, “Não há inocentes. Apenas diferentes graus de responsabilidade”. 

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* clique aqui e leia a continuação deste conto. =]

o mais lindo beijo que eu não dei .~*


o celular toca. pela primeira vez não me sinto tentada a joga-lo pela janela por me acordar tão cedo. estava na hora. a ansiedade era gigante. só de imaginar sentia palpitações e calafrios deliciosos.

tomei um banho rápido, não me demorei muito por medo de perder o ônibus. juntei minhas coisas e fui. na bolsa somente  necessário: um livro para me distrair durante a viagem, fones de ouvido caso do meu lado sentasse algum inconveniente analfabeto incapaz de ler a frase "Shh. I'm in book mode." estampada no meu velho e surrado moletom e o celular, para que minha mãe soubesse que eu estava viva através das mensagens enviadas de uma em uma hora (condição imposta por ela para que eu fosse sozinha para uma cidade que eu até então não conhecia direito).

a viagem foi rápida, ou talvez eu tenha dormido, não me lembro bem. sei que passei uma boa parte do tempo relendo as mensagens enviadas por ele. estava ansiosa, esperei por esse momento como uma criança espera por uma festa de aniversário. várias vezes nos programamos. ele ligava, a gente combinava tudo, marcávamos um lugar tranquilo, distante dos olhares dos conhecidos. chegou o grande dia, estaríamos a sós para que então pudéssemos saciar toda o desejo presente naqueles dois corpos.

diversas foram as vezes que imaginei esse dia. um café à tarde, ele lia pra mim enquanto eu admirava seu rosto. o traço marcante de sua sobrancelhas e seus olhos, que dessa vez estariam focados nas páginas de um livro qualquer e não mais nas minhas bochechas ruborizadas por algum comentário que ele teria feito. qualquer coisa que ele diz me enrubesce, como se eu nunca me acostumasse com seus elogios. ao final da tarde iriamos para um hotel qualquer de beira de estrada e faríamos amor ao som de um rádio relógio com canções ao mesmo tempo melancólicas e nostálgicas. perdi a conta de quantas vezes acordei no meio da noite, ainda sentindo seu toque e o calor de nossos corpos unidos. tamanha era a frustração ao perceber que tudo não tinha passado de um sonho e que estava longe daquilo tudo se tornar real.

mas, sem dúvidas, o que eu mais imaginei durante todo o tempo foi o nosso primeiro beijo. como seria? que gosto teria? seria rápido, como um beijo adolescente sedento de paixão e completamente inexperiente? seria calmo, terno, como o beijo daqueles que se conhecem há tempos e se amam a cada dia mais, como se realmente existisse isso de 'feitos um para o outro'? será que ele tem mal-hálito?

olho as horas. confiro pela terceira vez. ele está atrasado. ok, meia hora apenas. talvez tenha perdido o ônibus, talvez também tenha dormido tarde por culpa da ansiedade e perdido o horário. me perco mais uma vez em pensamentos, imagino-o chegando, ultrapassando os portões e correndo em minha direção, nosso abraço apertado carregado de carinho e de um sentimento até então indefinido. paixão? amor? eu não sei dizer o que sinto. qual o nome se dá ao que se sente quando uma certa pessoa te abraça e você não quer deixa-la nunca mais sair dali?

o celular vibra. mensagem. deve ser ele, deve estar aqui e não me viu ainda. me desespero ao vasculhar o interior da bolsa em busca do pequeno aparelho. enfim o encontro e em poucas palavras o chão some sob meus pés: "me desculpe, precisamos conversar, eu não posso ir. tenho outra pessoa. me desculpe mesmo, posso te ligar?" me concentro. fecho os olhos pressionando fortemente as pálpebras, mas ao abri-los novamente, percebo o obvio. no final das contas eu queria apenas ter sonhado mais uma vez.

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* muito obrigada aos comentaristas e seguidores. aos antigos e novos, eu amo vocês por cada palavrinha que deixam aqui! <3

** ganhei um marcador no sorteio do blog da Cibele, primeira vez que ganho alguma coisa em sorteios! sorte no jogo, mas enfim, não há nada de autobiográfico no post acima, certo, crianças? hahaha

*** muito obrigada pelos selinhos, Emmy, querida! vou postar e responder as perguntinhas no próximo post! obrigada mesmo por lembrar de mim, sua linda!  =)

plena .~*


e o que é o amor senão o melhor de todos os sentimentos? eu simplesmente não consigo colocar em palavras tudo que vivi e senti nesse fim de semana. 

há quem diga que foi legal ou que foi memorável. eu só sei dizer uma coisa: foi coracionante! <3 muito obrigada a todos os envolvidos direta e indiretamente! saibam que há tempos eu não me sentia tão completamente feliz como me sinto hoje por ter estado com vocês. quero mais Menestréis Errantes!!! <3










com vocês aprendi a amar o simples, o próximo, aprendi a amar sem esperar nada em troca. percebi em vocês o amor da forma mais pura e completa. aquele que muitos procuram e poucos, raros, são os que encontram. muito obrigada por existirem na minha vida!! rimoa, meu rafa, garoto popov, junim meu devedor,  deivid liiindo, MEU grilo (ouviu, sabre?? MUAHAHAHA), martinha querida, menina noele, sabre linda, menina hellmans, menino lindo, flôzinha, thata da mala preta, lua luarCleidson..

eu amo vocês! <3

libertas .~*


deitou-se. 'menos um dia', era o que pensava. a cabeça sobre o travesseiro e os olhos fechados mostravam que a mente devaneava por outros lugares. lugares muito diferentes daquele onde passava os dias atualmente.

o árduo dia de trabalho havia sido compensador. trabalhar ali tinha uma função que ia além de dignificar o homem. o distraía, bloqueava os pensamentos suicidas de outrora.

tinha um filho que nem o conhecia. preferia assim, 'aqui não é lugar de criança', dizia. queria vê-lo correr, sorrir, brincar, mas queria ainda mais que a criança não visse suas lágrimas de dor e arrependimento por não poder viver ao seu lado e demonstrar de perto todo o amor que sentia. ansiava pelo dia em que o compensaria por essa ausência forçada.

à noite era quando todos os sentimentos vinham à tona. quando tudo voltava. as reuniões em família, os amigos, sua mãe. junto com os pensamentos bons vinham também as lembranças ruins. o dia em que foi descoberto. o maior dos erros foi pensar que viveria livre para sempre, impune. percebeu que, pode demorar, mas a gente sempre acaba pagando pelos nossos atos. e, pior, às vezes o preço acaba sendo mais caro do que se imagina.

deitado ali sentia o peso da consciência. a saudade já não cabia dentro de si e transbordava pelos olhos. chorava sozinho, calado. assim acontecia todas as noites.

queria apenas ser compreendido. ter alguém com quem conversar e que realmente o entendesse e não o criticasse por seu bom comportamentohoje sabia melhor que ninguém que certas escolhas na vida nos levam a consequências inimagináveis. tinha consciência de tudo isso. mas era tarde. a conferência já tinha sido feita. alguém já havia apagado as luzes. restava a ele apenas esperar pelo próximo dia, almejando que fosse compensador e tranquilo como esse último. 

seis anos, quatro meses e  doze dias ainda restavam. contava os dias, marcava-os numa folha de papel. de olhos fechados, todas as noites segundos antes de pegar no sono, algo sempre o questionava lá no fundo. uma única pergunta que latejava em sua mente como um pisca-alerta: qual o preço da liberdade?

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* nesses dias que fiquei ausente por problemas técnicos pude perceber nitidamente uma coisa: É RUIM DEMAAAAIS FICAR SEM INTERNET!!!!!!

** Gostaria de agradecer imensamente o carinho da Marina Menezes, nossa Top Comentarista aqui no Cadê Minha Fluoxetina pela indicação ao selinho! Obrigada mesmo, sua linda! <3


Regras do selinho:

1. LINKAR O BLOG DE QUEM VOCÊ GANHOU -> Ler, Imagina, Criar
2. DIVULGAR O SELINHO -> tá aí em cima rs
3. COLOCAR O SELO NO BLOG -> ok! ;)
4. ESCOLHER 10 BLOGS PARA PRESENTEAR -> vou indicar 3, pode ser? o tempo tá curto pra listar  tanta gente rs mas vale lembrar que tem mais de 10 blogs que visito e que merecem o selinho, sem dúvidas!! Eu indico para: O Marca Páginas, Catando Coquinhos (cadê posts, menina Alice??? u_u) e Haru Haru Sorria.
 
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